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Mercados da periferia de SP mantêm sacolas plásticas para agradar cliente

19Abr
19abr2012, quinta-feira - 10h08

 

Fazer compras com sacolas retornáveis virou obrigação para parte da população de São Paulo após o acordo feito entre o governo e a Associação Paulista de Supermercados (Apas) para o fim da distribuição das sacolas plásticas, que começou a valer em 4 de abril. Entretanto, consumidores da zonas Leste e Sul da capital paulista ainda encontram com facilidade estabelecimentos que fornecem a tradicional sacolinha. Enquanto uns alegam que ainda distribuem o item porque o estoque não acabou, outros o fazem para evitar confusões e não perder os clientes.

A equipe de reportagem encontrou oito mercadinhos e supermercados nas duas regiões que ainda distribuem as embalagens de plástico na terça-feira (10). Na maior parte deles, o fornecimento é feito com maior controle, e as sacolas ficam sob os caixas, com acesso apenas para os funcionários. Mesmo assim, muitos consumidores ainda são vistos saindo dos estabelecimentos com seus produtos nas sacolinhas.
O supermercado Chama que fica na Vila Talarico, Zona Leste, é dos que optou por continuar a distribuir as sacolas para satisfazer os clientes. “A gente procura esconder, oferecer a retornável, perguntar se o cliente trouxe a sacola dele. Mas se ele pedir, tem a sacolinha. É a melhor forma de não ter problemas”, contou o gerente da loja, Cristiano de Jesus Silva.

“Quem tem que se conscientizar é o cliente. Muitos não pegam mais, já têm a retornável. Como não é uma lei, temos que avaliar o que é melhor para o cliente. A nossa ideia é atendê-lo em primeiro lugar”, afirma.
O gerente conta que, após o início da campanha feita pela Apas, o consumo de sacolinhas no estabelecimento caiu 30% - índice que ele acredita que ainda será reduzido. Agora, elas ficam sob o balcão, só são entregues caso o cliente peça e apenas na quantidade necessária para embalar a compra.

Em muitos supermercados, foi comum ver clientes com sacolas retornáveis, ou até mesmo com sacolas de papel de outras lojas. Mas muitos ainda usam as sacolinhas, mesmo que de forma esporádica. “Tenho a sacola retornável, mas hoje esqueci de trazer. Se não tivesse a sacolinha ia ter que levar tudo solto até o carro. Mas a ideia de tirar é boa. Apesar de estarem cobrando caro pela retornável, para o nosso futuro e para o meio ambiente é bom”, disse José Henrique, funcionário de uma empresa de ônibus.

“É prático, mas para proteger o meio ambiente seria melhor retirar. Mas que é mais fácil fazer compras com a sacolinha, isso é”, afirmou o segurança Adaílton Araújo, ao sair de outro supermercado também na Vila Talarico que ainda oferece as embalagens. No estabelecimento, elas continuam disponíveis nos caixas, ao alcance dos clientes.

Encontrar as sacolinhas é mais fácil nos estabelecimentos de bairro, que não fazem parte das grandes redes. Clientes ouvidos pelo G1 relataram que nas unidades do Carrefour e do Extra, por exemplo, não há mais distribuição. Entretanto, há redes que ainda têm as sacolinhas, como o Dia – duas unidades, na também na Vila Talarico e no Grajaú, na Zona Sul de São Paulo, ainda distribuíam as embalagens nesta quarta. Segundo funcionários, a suspensão não foi feita porque muitos clientes ainda pedem as sacolas, mas a orientação da rede foi de deixar as sacolas retornáveis mais visíveis e incentivar seu uso.
Em uma pequena mercearia na Vila Formosa, também na Zona Leste, o dono reclamou da postura dos clientes. “A pessoa vem aqui, compra uma garrafinha de água e quer uma sacola. Tem cabimento? Por enquanto vamos continuar distribuindo, agradar todo mundo é muito difícil. Antigamente as pessoas tinham o costume de levar as sacolas para fazer compras. Depois todo mundo se acostumou com o plástico, fica difícil de tirar”, disse o comerciante João Loureiro.

Fiscalização
A fiscalização do cumprimento do acordo ainda é fruto de dúvidas para os comerciantes. Muitos não quiseram dar seus nomes para a reportagem, com medo de serem identificados e multados pela distribuição das sacolas.
“Chegamos a parar de distribuir semana passada, mas tivemos problemas. Muitos clientes reclamaram, brigaram que não tinham como carregar os produtos, fica aquele constrangimento de carregar na mão. Para não causar confusão e não perder os clientes, resolvemos continuar oferecendo”, disse uma funcionária de um supermercado na Vila Carrão. No estabelecimento, as sacolas são controladas, e o uso das retornáveis é incentivado.

A suspensão da distribuição das sacolinhas não foi regulamentada por uma lei – é apenas um acordo entre a Apas, o Ministério Público e o Procon-SP. Isso gera um questionamento por parte dos estabelecimentos que não são filiados à Apas, e portanto, não se comprometeram com a mudança.

“Seria melhor se tivesse uma lei. Só com o acordo, a gente tem que ajudar o cliente. Não dá para ele carregar as coisas soltas na mão”, disse outro comerciante, dono de uma mercearia na Vila Carrão, onde pequenas sacolas de plástico para itens leves estão disponíveis para os consumidores.
O Procon informou que não aplicará multas nos estabelecimentos, apenas receberá denúncias de consumidores e as encaminhará ao Ministério Público. Já o Ministério Público informou que a ideia é que todos os supermercados do estado cumpram o TAC, sendo eles filiados à Apas ou não. Caso ele seja descumprido, o MP informou que tomará providências, que não foram especificadas.
Além da suspensão das sacolinhas, o TAC também prevê que os estabelecimentos vendam uma opção de sacola retornável por até R$ 0,59 por um prazo de seis meses – a maioria dos mercados visitados possuía o item para venda.


Fonte: http://www.jornalfloripa.com.br/brasil/index1.php?pg=verjornalfloripa&id=17975
 

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