País avança no desenvolvimento de inovações nas embalagens de papel
A indústria de embalagens de papelão, que registrou um crescimento de 7,5% em vendas em 2010, é um dos setores da economia que não só vem crescendo, como investindo em inovações para se tornar mais competitivo. Os cases de inovação e as perspectivas de expansão dos fabricantes de papelão ondulado foram um dos temas do 1º Simpósio Latino Americano de Papel para Embalagens, realizado no ABTCP 2011 - 44º Congresso e Exposição Internacional de Celulose e Papel, promovido pela ABTCP - Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel.
O vice-presidente da ABPO (Associação Brasileira de Papelão Ondulado), Patrick Nagem Nogueira, que fez uma apresentação, durante o evento, sobre o mercado brasileiro de embalagens, citou, entre os cases de inovação do setor, as embalagens de papelão para massa corrida, em substituição às tradicionais latas de aço; as embalagens do tipo bag in box para vinhos, de papelão com revestimento de plástico, e aselã caixas de papelão para substituir as caixas de madeira e plástico utilizadas para transporte de produtos hortifrutigranjeiros.
“O papelão ondulado vem ganhando força no mercado de embalagens por seus diversos benefícios, como o fato de ser biodegradável, permitir um descarte mais fácil, ter um custo menor e ser até mais fácil de manusear, em função da sua flexibilidade”, afirmou o VP da ABPO, ao lembrar que essas embalagens vêm rompendo a resistência de alguns consumidores e clientes, face às vantagens do papelão.
No segmento de construção, por exemplo, havia uma resistência à embalagem de papelão, devido à cultura disseminada de uso da lata de aço, mas os benefícios do papelão conquistaram grandes players do setor de construção. Já no segmento de vinhos, benefícios como a válvula mais eficiente da embalagem de papelão, que permite manter o produto aberto por até 10 dias sem alteração, e a facilidade de armazenagem, ganharam adesão entre bares e restaurantes.
Nos supermercados, a aprovação da lei para substituição das sacolas plásticas na cidade de São Paulo, que deverá entrar em vigor no início de 2012, também representa uma oportunidade para o setor e deverá acelerar a aceitação das embalagens de papelão, observou o vice-presidente da ABPO. Mas ele observa que não se trata, nesse caso, da reutilização de caixas, conforme já ocorre hoje, mas do uso de caixas novas e adequadas ao transporte de alimentos.
O lançamento das inovações no setor de embalagens de papelão ondulado se insere também em um contexto favorável de crescimento desse mercado. O consumo per capita atingiu 16,4 kg em 2010, número ainda baixo se comparado a mercados como o europeu e o norte-americano, mas 9,3% superior ao de 2009, que foi de 15 kg per capita.
Em termos da distribuição, as regiões Sudeste e Sul representam o maior volume do consumo, com 49% e 31%, respectivamente das vendas do setor. Contudo, o potencial de expansão do consumo é bastante promissor e vem crescendo no Nordeste, Norte e Centro-Oeste.
O setor de embalagens de papelão ondulado produziu 3,16 milhões de toneladas em 2010 e movimentou um faturamento de R$ 8,7 bilhões. Os setores que mais consomem o papelão ondulado, segundo o VP da ABPO, são o alimentício, que responde por 44% da demanda; o químico (9%), e o de flores e fruticultura (7%).
Fonte: GP Comunicação
Nenhum comentário