Papelão: Uso responsável e descarte apropriado
A indústria mundial de alimentos absorve cerca de 1/3 da produção de caixas de papelão. O Brasil ocupou a 49ª posição.
Em questões logísticas, o Brasil participou das importações de caixas de papelão, em 2005, a maioria absorvidas em grande parte pelos estados do Rio Grande do Norte (46,0%), Santa Catarina (12,5%) e São Paulo (10,4%), que em conjunto, absorveram aproximadamente 69% do total das compras. Destacaram-se a Bahia (7,2%), Pernambuco (7,0%), Ceará (6,7%), Amazonas (6,06%) e Rio Grande do Sul (2,2%). Sendo o restante, distribuído entra os estados de Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro.
Os modais utilizados no transporte de importação brasileira de caixas de papelão em 2005, foram o marítimo (86,6%), rodoviário (13,7%), aéreo (5,8%)
O imposto de importação (II) incidente nas compras brasileiras de caixas de papelão é de 16%. O produto é também tributado pelo imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS), de competência estadual, cuja alíquota varia normalmente de 0 a 25% em função da essencialidade ou seletividade do produto...
A importação brasileira de caixas de papelão não está sujeita ao controle prévio ou ao cumprimento de condições especiais e terá a dispensa do licenciamento pelo SISCOMEX, quanto ao preenchimento da Declaração de Importação. No entanto, quando se tratar de embalagens recicladas, destinadas a industria de alimentos, está sujeita ao registro de licenciamento de importação no SISCOMEX e à fiscalização sanitária antes de seu desembaraço na aduana.
Atualmente com o grande desenvolvimento empresarial no ramo do papelão brasileiro como exemplo a Rigesa, a Meadwestvaco e grupo Klabin entre outros, e de reconhecimento pelo índice Dow Jones de sustentabilidade e gerencia de suas florestas em conformidade aos mais elevados padrões internacionais de certificação florestal, vem trazendo a preocupação atual, é que a maioria dos papeis e produtos derivados do papel normalmente tem vida útil curta após sua utilização, é geralmente descartado no meio ambiente tornando-se uma fonte poluidora .
Entretanto, o papel pode ser considerado um material de grande valor devido a sua potencialidade como recurso renovável e de baixos custos quando comprados com fibras virgens ou primárias; os papeis reciclados ou fibras secundárias vem se tornando uma das mais importantes fibras para a indústria de papéis.
A indústria de papel reciclado coleta matéria-prima com qualidade, livre de impurezas e materiais proibitivos exigindo regularidade de fornecimento e qualidade de aparas.
A reciclagem está associada às práticas de responsabilidade social das organizações, pois beneficia todos os envolvidos: fornecedores, consumidores, governo, meio ambiente, comunidade, colaboradores e acionistas ultrapassando as obrigações formas ou legais e práticas filantrópicas, apoiando uma mudança significativa de atitudes, valores e hábitos originando projeto de desenvolvimento sustentável que envolve toda uma cadeia produtiva.
O setor brasileiro de papelão ondulado para embalagem é de fundamental importância num sistema logístico, e deve ser coerente, principalmente com as características dos produtos e questões legais.
Atualmente, há uma tendência em usar embalagens reutilizáveis e recicláveis para a redução de custos e adequação as leis ambientais e ao mercado. As embalagens de papel e papelão ondulado apresentam altos índices de reciclagem tornando-se fontes de matérias-primas importantes nas indústrias de celulose e papel.
O papelão ondulado tem mais de 100 anos de existência sendo que no Brasil é utilizado desde 1935 (associação brasileira de papelão ondulado, 2006). É a embalagem mais utilizada no mundo e é considerado termômetro da economia vista que o aumento da demanda por embalagens OCC (old corrugated container) ou embalagens de papelão ondulado ocorre em períodos de aquecimento da economia como Natal, Páscoa, Dia das mães em que há um notável aumento de consumo.
Além de ser de origem renovável, o papel está entre os produtos que apresentam maior taxa de reciclagem no Brasil. No total de 46% de todos os papéis que circulam no país, em 2009, foram encaminhados à reciclagem pós-consumo.
É importante ressaltar que as aparas de papel reciclável são utilizados na fabricação de outros produtos, como telhas, sem ser computada nas estatísticas de recuperação.
A reciclagem é tradicional no setor papeleiro. As fabricas são abastecidas por uma grande rede de aparistas, cooperativos e outros fornecedores de papel pós-consumo que fazer a triagem, a classificação e o enfardamento do material. A cadeia produtiva que envolve a atividade gera empregos e renda, movimentando a economia.
O esclarecimento da população sobre a preservação do meio ambiente e campanhas que incentivam o descarte adequado e a coleta seletiva tem colaborado fortemente para que a industria de reciclagem se desenvolva e cresça cada vez mais no país. Em 2009, o consumo aparente de papel registrado no país foi de 8,5 milhões de toneladas e a recuperação de aparas foi de 3,9 milhões de toneladas de acordo com a Bracelpa – Associação brasileira de celulose e papel e links interessantes.
WWW.abtcp.org.brWWW.cempre.org.brwww.rotadareciclagem.com.br
As maiores vantagens da reciclagem são a minimização da utilização de fontes naturais, muitas vezes não renováveis; e a minimização da quantidade de resíduos que necessita de tratamento final, como aterramento ou incineração.
Lembrando que o código de cor do papel/papelão é o azul.
Entremos na era da sustentabilidade e da responsabilidade ambiental não somente de papelão/papéis, mas de todo o material reciclável para termos uma vida mais saudável para nós e para as futuras gerações.
Fonte: http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/papelao/59975/
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