Embalagens e bandejas absorventes: informação, proteção e praticidade ao alcance do consumidor
Na indústria frigorífica, as embalagens têm um papel fundamental, cujas funções vão além do apelo comercial. Elas garantem a segurança dos produtos a serem consumidos e, para isso, devem atender a alguns requisitos, como não serem tóxicas; dar proteção sanitária; proteger contra passagem da luz, umidade e ar; ter resistência ao impacto; proteger contra contaminação ou perdas e facilitar e assegurar o transporte.
Sem as embalagens adequadas, a indústria da carne não conseguiria aumentar sua eficiência e lucro, pois a quantidade do produto comercializado seria menor, uma vez que ele não poderia permanecer viável por muito tempo. Por isso, as empresas têm investido cada vez mais em tecnologia avançada, visando permitir o aumento do tempo de vida de prateleira dos produtos (shelf life).
Hoje, no mercado, existem diversos tipos de embalagens para atender as mais diferentes necessidades das empresas. Uma delas é a almofada absorvente para líquidos, destinada ao embalamento de cortes cárneos que serão expostos ao consumidor final, e que atua como facilitadora do autosserviço entre mercado e consumidor.
“A almofada absorvente tem como princípio de funcionamento a absorção e retenção de líquidos, o que faz com que sejam mantidas as características desejáveis da carne, como frescor e coloração, além de reduzir o aspecto indesejado do sangue cárneo, pois ele pode escorrer pelas laterais das bandejas. Isso quando o produto é aplicado adequadamente sobre a bandeja e debaixo do corte cárneo”, esclarece o sócio diretor da Technopaper Embalagens, Tiago Rodrigo da Silva.
Compostas na parte externa por uma película plástica descartável e internamente dotada de poder de alta absorção de líquido, as almofadas absorventes são descartáveis e indispensáveis à exposição e boa apresentação de carnes de todos os tipos, pois retém os sucos cárneos melhorando a qualidade e a aparência do produto exposto. Em outros termos, oferecem um impacto visual mais agradável, favorecendo a venda de cortes.
Outra embalagem muito utilizada no mercado frigorífico, porém, com enfoque no pré-embalamento, a embalagem de polietileno expandido, quando foi lançada, promoveu uma grande reestruturação nos pontos de vendas dos grandes varejistas, conforme revela a analista de marketing da Spumapac, Aline Molina Costa. “Ao evitar filas e o manuseio direto do consumidor, trouxe praticidade, higiene e rentabilidade às empresas”, conta.
Ademais, o setor alimentício exige padrões que devem ser seguidos na elaboração das embalagens, principalmente no setor de carnes, que além de proteger contra deterioração, violação e informar o consumidor, precisa apresentar boa aparência, sendo este um forte quesito para a decisão de compra.
“A bandeja de poliestireno expandido atende a todas estas exigências, além de contribuir para a preservação do produto. O uso da bandeja com o filme de polietileno ou PVC permite que o consumidor veja o aspecto da carne e o oxigênio armazenado concede sua aparência avermelhada e saudável”, explica Aline.
Há também um tipo de embalagem que já é bastante utilizada com vegetais e que já começou a ser utilizado em produtos cárneos, especialmente com fatiados: a embalagem de atmosfera modificada, conforme expõe o gerente comercial da Multivac, Marcelo Gil Neves. Ela possibilita que os produtos sejam embalados uma única vez, mas durem por mais tempo.
Neves afirma que, atualmente, os produtos encontrados em supermercados são fatiados na hora e, por isso, duram poucos dias, sendo próprios apenas para consumo imediato. “A proposta da embalagem de atmosfera modificada é que a fábrica consiga produzir um fatiado de forma que ele tenha uma durabilidade superior a sete dias, podendo chegar a 30,40 ou mesmo 50 dias, de modo que o cliente possa consumir o produto semanas após a compra e eles esteja como fresco”.
Já o gerente de vendas para o mercado de proteínas da Dixie Toga, Ricardo Pereira de Almeida, conta que as embalagens (filmes e sacos) retortable, que proporcionam a característica shelf stable ao produto embalado, estão crescendo no mundo e no Brasil. “Hoje já temos produtos de frango e carne bovina sendo embalados neste sistema. Oferecemos as opções de abertura abre fácil EZ Peel e resselável EZ Peel Reseal”, explica Almeida.
Filmes fundo semirrígido e rígido, sacos encolhíveis com maior resistência a perfuração, filmes tampa e fundo resseláveis, filmes respiráveis para cortes de frango resfriados com extensão de shelf life, além de outras novidades que serão trazidas da matriz Bemis Curwood – e que já atendem os mercados americano e europeu, como a embalagem a vácuo Fresh Case, que mantém a cor vermelha viva da carne fresca por todo o período de exposição em prateleira – são outras novidades lançadas pela Dixie Toga.
(Fonte: Revista Frigorífico, setembro de 2012)
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