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A gigante Bombril precisou fazer uma mudança importante na sua comunicação, após ter seu último recurso negado por unanimidade no Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária). O processo corria há mais de 3 anos e partiu de uma denúncia feita pela Proteste Associação de Consumidores, por causa da expressão "100% ecológico" presente na embalagem da esponja de aço.

A empresa sustentava ter pesquisas e documentos que atestavam a afirmação e, em novo julgamento, realizado em abril de 2016, o Conar voltou a pedir a alteração da embalagem. O órgão entendeu que os documentos apresentados pela empresa atestam que o produto é 100% biodegradável, mas não 100% ecológico.

"Por não terem provado que o produto é 100% ecológico em todo o processo produtivo, a Proteste entendeu que existiu o pecado da mentira e o descumprimento do princípio da veracidade, previsto no Código de Autoregulamentação Publicitária", afirma Lívia Coelho, advogada da Proteste, destacando que há no mercado outras esponjas com a mesma composição e que não se anunciam como “ecológicas”.

O Conar está julgando mais de dez outros produtos com denúncias por suspeita de maquiagem ambiental ou promoção do chamado "greenwashing", um artifício de marketing que se aproveita do apelo à sustentabilidade para atrair consumidores.